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  2ª EAPI  

No ano de 1968 era realizada em Clevelândia a segunda festa da EAPI.

Para divulgação do evento foi confeccionado um livreto contendo dados geográficos e econômicos do municipio, como tambem as empresas participantes do evento.

Créditos: Dilamar Gomes

FOTOS

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2ª EAPI
boliche

 Caiçara Clube 

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Na década de 1970 foi construído em Clevelândia, defronte ao Cine Luz, o Caiçara Boliche Club, o primeiro boliche do sudoeste do Paraná. Foi um dos empreendedores desta obra magnífica o senhor Benetti, que proporcionou muito entretenimento a juventude da época.  

  Clevelândia em pé de guerra  

Clevelândia ja mereceu lugar de destaque e preocupação dentro do cenário estadual.

Em 15 de Março de 1961, o jornal CORREIO DO PARANÁ noticia em primeira página sobre a situação de calamidade pela qual o município estava passando.

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Destaque do texto

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pé de guerra
Clev. do Norte

Clevelândia do Norte

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Você sabia que existe um distrito chamado Clevelândia?

Clevelândia do Norte é um distrito do município brasileiro de Oiapoque, no interior do estado do Amapá. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 1.253 habitantes, sendo 687 homens e 566 mulheres, possuindo um total de 428 domicílios particulares. Foi criado pela lei federal nº 1.503, de 15 de dezembro de 1951.

Trata-se de uma colônia militar brasileira, criada em 1919, que antigamente era chamada de "Colônia Militar do Oiapoque". Situa-se na margem direita do rio Oiapoque, a cerca de três quilômetros da cidade.

Hoje, em Clevelândia do norte, fica a Companhia Especial de Fronteira (CEF) do Comando de Fronteira Amapá e 34º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron AP/34º BIS), única Organização Militar do Exército Brasileiro no Amapá.

Diante das intensas agitações que desestabilizavam o governo vigente, o presidente Artur Bernardes (1922/926), que representava os preceitos dos interesses oligárquicos, transformou o que era uma colônia agrícola em colônia penal, tornando-a o que passou a ser denominado "Inferno Verde". É a partir de 1924 que os primeiros navios-prisão lotados de prisioneiros começam a chegar a Clevelândia do Norte. Sendo a maioria dos presos anarquistas, tenentes rebelados, e todo tipo de pessoa que fosse considerada perturbador da ordem. Estes foram submetidos a duras condições de sobrevivência, sendo vítimas de violência policial, epidemias, trabalhos forçados e fome. Foram levas sucessivas entre fins de 1924 e meados de 1925. Com os que se evadiram (262 fugas registradas, quase 28% dos presos), surgem denúncias, publicadas às vezes em outros países, driblando a censura, falando dos obstinados que teimavam em se organizar, como o núcleo de anarquistas, mesmo dentro da colônia.

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“Inferno Verde": Tortura e Morte no Coração da Selva

Clevelândia do Norte é o lugar de um episódio pouco conhecido da história amapaense e brasileira. Fica localizada no município de Oiapoque, no Amapá, extremo norte do Brasil. Esta localidade, durante os anos 20 do século passado, foi instituída como colônia penal, para onde foram mandados os agitadores políticos, de diversos movimentos de caráter "subversivo".
A criação e o funcionamento da Colônia Penal de Clevelândia do Norte é consequência direta dos reflexos da conjuntura política nacional e internacional de repressão ao anarquismo e ao comunismo a partir de meados da década de 20. Essa época no Brasil foi marcada por grandes agitações sociais e culturais.
Clevelândia do Norte, situada na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, foi pensada como um núcleo colonial, na perspectiva da ocupação do território, ao norte do Amapá, que até então era território integrado ao Estado do Pará. Clevelândia foi inaugurada oficialmente em 5 de maio de 1922, recebe este nome em homenagem ao presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland.
Em meados de 1924, já no governo de Artur Bernardes, que governou o país sob estado de sítio, amontoavam-se sob custódia do governo federal centenas e centenas de presos em navios aportados em ilhas próximas do litoral do Rio de Janeiro: cárceres provisórios. Clevelândia do Norte foi indicado como um dos lugares que melhor serviriam para uma colônia penal: seu total isolamento dentro da floresta virgem, e a provável recusa dos outros estados em aceitar presos políticos dentro de seus territórios.

 

  Clevelândia do Norte  

Cleve Norte 1.jpg

Você sabia que existe um distrito chamado Clevelândia?

Clevelândia do Norte é um distrito do município brasileiro de Oiapoque, no interior do estado do Amapá. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 1.253 habitantes, sendo 687 homens e 566 mulheres, possuindo um total de 428 domicílios particulares. Foi criado pela lei federal nº 1.503, de 15 de dezembro de 1951.

Trata-se de uma colônia militar brasileira, criada em 1919, que antigamente era chamada de "Colônia Militar do Oiapoque". Situa-se na margem direita do rio Oiapoque, a cerca de três quilômetros da cidade.

Hoje, em Clevelândia do norte, fica a Companhia Especial de Fronteira (CEF) do Comando de Fronteira Amapá e 34º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron AP/34º BIS), única Organização Militar do Exército Brasileiro no Amapá.

Diante das intensas agitações que desestabilizavam o governo vigente, o presidente Artur Bernardes (1922/926), que representava os preceitos dos interesses oligárquicos, transformou o que era uma colônia agrícola em colônia penal, tornando-a o que passou a ser denominado "Inferno Verde". É a partir de 1924 que os primeiros navios-prisão lotados de prisioneiros começam a chegar a Clevelândia do Norte. Sendo a maioria dos presos anarquistas, tenentes rebelados, e todo tipo de pessoa que fosse considerada perturbador da ordem. Estes foram submetidos a duras condições de sobrevivência, sendo vítimas de violência policial, epidemias, trabalhos forçados e fome. Foram levas sucessivas entre fins de 1924 e meados de 1925. Com os que se evadiram (262 fugas registradas, quase 28% dos presos), surgem denúncias, publicadas às vezes em outros países, driblando a censura, falando dos obstinados que teimavam em se organizar, como o núcleo de anarquistas, mesmo dentro da colônia.

Cleve Norte.jpg

“Inferno Verde": Tortura e Morte no Coração da Selva

Clevelândia do Norte é o lugar de um episódio pouco conhecido da história amapaense e brasileira. Fica localizada no município de Oiapoque, no Amapá, extremo norte do Brasil. Esta localidade, durante os anos 20 do século passado, foi instituída como colônia penal, para onde foram mandados os agitadores políticos, de diversos movimentos de caráter "subversivo".
A criação e o funcionamento da Colônia Penal de Clevelândia do Norte é consequência direta dos reflexos da conjuntura política nacional e internacional de repressão ao anarquismo e ao comunismo a partir de meados da década de 20. Essa época no Brasil foi marcada por grandes agitações sociais e culturais.
Clevelândia do Norte, situada na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, foi pensada como um núcleo colonial, na perspectiva da ocupação do território, ao norte do Amapá, que até então era território integrado ao Estado do Pará. Clevelândia foi inaugurada oficialmente em 5 de maio de 1922, recebe este nome em homenagem ao presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland.
Em meados de 1924, já no governo de Artur Bernardes, que governou o país sob estado de sítio, amontoavam-se sob custódia do governo federal centenas e centenas de presos em navios aportados em ilhas próximas do litoral do Rio de Janeiro: cárceres provisórios. Clevelândia do Norte foi indicado como um dos lugares que melhor serviriam para uma colônia penal: seu total isolamento dentro da floresta virgem, e a provável recusa dos outros estados em aceitar presos políticos dentro de seus territórios.

 

Domingos Passos, Biófilo Panclasta, Antônio Alves da Costa, Antônio Salgado da Cunha, Nicolal Parado, Domingos Brás, Nino Martins e outros nomes de importantes lideres anarco-sindicais foram enviados para o "Inferno Verde".
Segundo Alexandre Samis, no livro 'Clevelêndia: anarquismo, sindicalismo e repressão política no Brasil', o primeiro anarquista a escapar do "Inferno Verde" foi o pintor e decorador Pedro Aleves Carneiro, em 17 de fevereiro de 1925, rumo a Belém. As fugas se faziam pela Guiana e, especialmente, por Saint George.
Com o fim do governo Artur Bernardes, a censura diminuiu consideravelmente, e assim houve uma diminuição do número de denúncias sobre as deportações.
Tendo sido Clevelândia do Norte palco destes fatos, há quem a considere forte fator de desestruturação dos movimentos anarquista, comunista e tenentista da década de 20. Centenas de prisioneiros políticos foram vítimas fatais do episódio.
Após a anistia dos presos sobreviventes, o movimento sindical e a efervescência dos movimentos sociais, especialmente o anarco-sindicalismo, não seriam mais os mesmos. A República conseguiu bloquear a resistência popular, prendendo e eliminando seus líderes.

O Inferno Verde funcionou durante 2 anos, até 1926, e suas informações oficiais nunca foram divulgadas pelo exército. Acredita-se que a taxa de óbito dos presidiários era de 80%, e os reflexos de sua existência deixaram grandes marcas profundas no movimento anarquista, comunista e tenentista da década de 20. Alguns consideram a existência da Colônia Penal de Clevelândia do Norte um dos principais fatores de desestruturação.

Fontes:

Wikipédia, a enciclopédia livre.

Carlo Romani

Carol Assis 

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