17/01/2021
Juliana Machado
Protetora Independente de animais de rua
O amor pelos animais não é uma escolha, é algo que se nasce sabendo amar. E comigo Não foi diferente. Minha história com animais, começa nos meus primeiros anos de vida, em que ganhei minha primeira cachorrinha aos 4 anos de idade e que viveu comigo durante 15 anos; Aos 6 anos, eu resolvi que queria um gatinho, pedi R$0,50 para o meu pai, com a desculpa de que iria comprar picolé , e comprei uma ninhada com cerca de 6 a 8 gatinhos, de um vizinho da rua de traz da casa que morávamos. Sofri pra carregar aquela caixa de gatos até a minha casa, e sofri muito mais quando meus pais me fizeram devolver todos os gatos para o meu vizinho.
Sempre carreguei comigo o desejo de ter e de poder ajudar muitos animais, seja forma profissional ou não, minimizando a dor daqueles que cruzassem meu caminho, ou, proporcionando um minuto da minha atenção e carinho. Foi então que realizei meu primeiro resgate, aos 13 anos de idade. Tratava -se de um cãozinho de porte grande, Dei a ele o nome de Alfredo. O Alfredo estava no Jardim da Igreja Matriz, extremamente debilitado. Ligamos na prefeitura, vigilância sanitária e corpo de bombeiros na esperança de que alguém pudesse fazer alguma coisa. Após várias ligações, voltei até o Alfredo, e só sairia de lá, quando alguém fosse buscar ele. Resultado: depois de muita insistência, meus pais ligaram para um veterinário ir buscá-lo para iniciar seu tratamento. No final daquela tarde, a veterinária entrou e contato dizendo que poderíamos ir buscar o Alfredo, E mesmo contra a vontade dos meus pais, trouxemos ele pra casa. Nos primeiros dias, tudo parecia em vão, até que, ele resolveu erguer a cabeça pela primeira vez e rosnar. A felicidade foi tão grande, que quase não cabia em mim. Seguimos o tratamento por cerca de 15 dias, até que o Alfredo conseguiu se levantar e já estava abanando o rabo. Ele era um cachorro bravo, não deixava ninguém chegar perto dele, exceto eu. As condições era claras para traze-lo pra casa durante o tratamento: "é só até ele melhorar!". Até que um dia, cheguei da escola e o Alfredo não estava mais aqui, meus pais haviam doado o Alfredo.
O Alfredo teve uma passagem muito breve pela minha vida, mas foi graças a ele que eu descobri a minha missão, que é aliviar a dor e o sofrimento, e amar todos os animais que passarem por mim.
Ao longo do tempo, varios Alfredos passaram pela minha vida, tive várias experiências boas e outras nem tanto. Salvei muitas vidas e vi muitas partirem, sem que eu pudesse fazer nada. E é graças a essas vidas que cruzaram meu caminho, que carrego comigo a certeza de que mesmo que, muitas vezes eu não possa fazer nada para salva-los, eu ainda posso ama-los e estar ao seu lado em seus últimos minutos de vida.
Para muitos, a causa animal é loucura, ainda se tem a ideia de que animais não tem sentimentos, e por isso é um assunto que ainda divide opiniões. Embora as pessoas estejam muito mais conscientes do que a algum tempo atrás, ainda vivemos situações deploráveis e que precisam de muita atenção. A quantidade de animais abandonados, machucados e em situações de maus tratos, é assustadora. E é por isso que vários voluntários e pessoas engajadas na causa, fazem tudo o que pode para salvar e castrar o maior número de animais possíveis, mas essas pessoas fazem parte de um pequeno grupo incapaz de solucionar os problemas de toda uma cidade. São feitas varias promoções, bem como, venda de pizza, bazar, rifas e bingos, com o intuito de arrecadar recursos para realizar tratamentos e castracões em cães de rua, na esperança de que diminua a quantidade de cães procriando descontroladamente e consequentemente, reduza o número de animais nas ruas, mas ainda assim, os números de abandonos só aumentam, por falta de conscientização da população.
Por vezes pessoas se propuseram a ajudar, porém, falta pessoas que abracem a causa de fato e não tenham medo de dar cara a tapa, para que pudessem ser feitos projetos e programas em prol do bem estar animal, e digo isso com um propósito claro, de não apenas tirar das ruas e dar um prazo de validade para cada cão que não for adotado, digo isso porque independente de ser adotado ou não, todos têm o direito à vida em seu ciclo natural.
Pessoas que entram nessa causa, viram alvo de críticas, são taxados de loucos e discriminados por uma boa parte da sociedade, mas principalmente, são culpados e julgados por não poder atender a todos os chamados de cães atropelados, mutilados, envenenados e abandonados, pois são poucos os lares temporários e todos ja estão lotados, não há mais lugar para levar tantos animais, então, muitas vezes ficamos limitados e não conseguimos atender a demanda. Uma parte esmagadora, costuma cobrar resultados e responsáveis, mas não contribui para o seu desenvolvimento. Por isso insisto em dizer que só é possível entrar nessa causa com um propósito único, que é o amor e o respeito pelos animais.
O número de cães nas ruas de nossa cidade, é muito alto, por isso lutamos tanto pela castração, que além de diminuir a procriação ainda traz benefícios à nível comportamental, tanto para fêmeas, quanto para machos, e também, e claro, que um cão castrado tem maiores chances de ser adotado, e com isso, incentivamos a adoção, pois além de tirar animais da rua, a adoção salva vidas, de quem adota e se permite ser amado, e ao adotado, por ter uma segunda chance de ter uma vida digna.
Com base nisso, termino com a frase: " Só não ama um animal, quem nunca permitiu ser amado por um!"
Quer ajudar na causa animal?
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