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Prontos para a guerra?

POR: FERNANDO DALLA COSTA

- PÓS GRADUADO – FISIOLOGIA DO ESPORTE E DO EXERCÍCIO - Cref: 008333-G/PR.

- PROPRIETÁRIO DA ACADEMIA VITA CORPUS

Fernando Dalla Costa

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter anunciado a atual Pandemia pelo novo coronavírus (COVID-19) e determinado posteriormente intensificação de métodos preventivos ao combate da transmissão do vírus, todos nós, sem exceção, começamos adotar mudanças em nossos hábitos, das quais nunca havíamos pensado em mudar, tais como: deixar de dar um aperto de mão ou um “simples” abraço, preservar o distanciamento, entre outros. Estamos vivendo uma espécie de guerra contra o vírus.





Como um exército que está prestes a enfrentar uma batalha, primeiramente deve-se conhecer o seu adversário, saber dos seus pontos fortes, seus pontos fracos, ter uma análise detalhada de como estão seus soldados, para então, recrutar seu melhor pelotão e montar estratégias das quais possam ser eficazes para a tal defesa e conquista.


O Ministério da Saúde vem estudando, propondo e realizando diversas medidas para que as consequências no Brasil sejam as menos gravosas possíveis, coordenando a sociedade neste momento de calamidade pública. Um exemplo é a Portaria 639 de Março de 2020, a qual através de uma ação estratégica denominada "O Brasil Conta Comigo – Profissionais da Saúde", objetivou a capacitação e o cadastramento de profissionais da área da saúde, incluindo, nós os profissionais de Educação Física.


Essa medida foi tomada para evitar (de forma precavida/acauteladora) a falta de eventuais profissionais de saúde no setor público, como aconteceu em outros países, conforme afirmou o Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sendo que a principal preocupação dele foi com os recursos humanos, estrategicamente falando.


O cadastro referenciado não é obrigatório, mesmo que o profissional esteja dentro das categorias mencionadas– seu registro de dados constará dentro de um Cadastro Geral de Profissionais da Área da Saúde (instrumental e consultivo), ou seja, qualquer ente federativo, (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), que entender que necessitará de auxílio no Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentar o covid-19, poderá convocar os cadastrados, conforme a portaria. Ademais, o enfrentamento da emergência na saúde pública é de suma importância nacional, dentre outras medidas, as autoridades poderão, ainda, determinar a requisição de bens e serviços de pessoas físicas e jurídicas.


Segundo Rocha e César (2008), uma definição clássica de Saúde Pública formulada por Winslow (1877-1957), pode ser encontrada na maioria dos bons manuais sobre o assunto:

“a ciência e a arte de evitar doença, prolongar a vida e promover a saúde física e mental, e a eficiência, através de esforços organizados da comunidade, visando o saneamento do meio, o controle das infecções comunitárias, a educação do indivíduo nos princípios da higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento da doença e o desenvolvimento dos mecanismos sociais que assegurarão a cada pessoa na comunidade o padrão de vida adequado para a manutenção da saúde” (ROCHA e CESAR, 2008, p. 28 ).


Sabemos que se trata de um inimigo jamais visto, sabemos que a sua transmissão é por meio de uma pessoa doente, por tosse, espirros, contato com superfícies contaminadas, como celulares, mesas, etc... Por isso, entende-se que o isolamento é o melhor meio de prevenção para não haver novos casos.


Porém, as pessoas necessitam trabalhar para tirar o sustento de suas famílias, aí fica a pergunta: Até quando vamos viver esse cenário? E se chegar até nós, como podemos contê-lo? Como estão nossos mecanismos de defesa?


Nesse período de reclusão domiciliar, a população tende a adotar uma rotina sedentária, esquecendo da importância dos próprios cuidados inerentes ao novo vírus, sendo que o sedentarismo mata 300 mil pessoas por ano, com doenças como pressão alta, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, estresse e depressão. Conforme se extrai das melhores pesquisas, pessoas que não praticam nenhuma atividade física aumentam em 20 a 30% o risco de morte por doenças crônicas.


Vale lembrar que as recomendações da OMS para indivíduos saudáveis e assintomáticos são de, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana. Incentivar a manutenção de uma rotina de vida fisicamente ativa é fundamental. A atividade física não previne o contágio do novo coronavírus, mas deixa o organismo mais resistente e protegido contra outras doenças que podem ser determinantes para potencializar sua ação. “A prática de atividade física pode ser uma pequena parte do seu dia transformada em VIDA”.


Antes da pandemia, pouco se ouvia falar em “lives” de profissionais da educação física, hoje é comum, devido à necessidade das pessoas interagirem. Muitos profissionais no seguimento estão usando dessa ferramenta para desenvolver seu trabalho (alguns colegas usando de forma solidária), fazendo aulas on-line com seus alunos, auxiliando para que não entrem no sedentarismo durante esse período de isolamento e para isso utilizam as redes sociais. Mas,devemos tomar cuidado se realmente são profissionais de Educação Física, para que esses programas de exercícios sejam realmente benéficos à sua saúde.


A rigor, devemos fortalecer o nosso sistema imunológico, alimentando-se de forma saudável; controlando o peso corporal; fazendo atividade física regularmente, moderada e diária, de modo a vencer o sedentarismo; desfrutando da natureza; cultivando alegria, fazendo algo que te dê prazer; tomando bastante água e lavando reiteradamente as mãos. Essas medidas farão de você um “soldado” fortalecido, te deixando capaz de neutralizar células infectadas.


Atualmente, as academias em geral estão rigorosamente trabalhando com uma carga horária reduzida, atendendo as determinações dos decretos municipais, respeitando as exigências das quais fomos submetidos e digo isso em causa própria, pois estamos cobrando o uso obrigatório de máscaras, controlando o acesso através da restrição de alunos por horário - com o nítido preceito de atender o distanciamento entre eles, e fornecendo gratuitamente o álcool gel para a devida higienização dos aparelhos antes e após o uso.


Essa é a estratégia de defesa desse nosso “exército”, não devemos só recuar, tornando-nos mais suscetíveis. “De nada vale a espada de um guerreiro se no campo de batalha lhe faltar coragem para mudar o impossível”.

"A saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e social."

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