Era sexta-feira, final de tarde, e como de costume, João Cardoso resolveu parar no Bar do Seu Zé Maria, após o seu trabalho e antes de ir para casa. Entrou e pediu uma cerveja. Sentou-se junto ao balcão. Ali estava um velho amigo seu, Mário Pedreira.
_ E aí Pedreira, como estão as coisas?
_ Pois olha João, não tá nada fácil. Ninguém mais quer andar de táxi nesta cidade. Estou com medo de não conseguir pagar o posto de gasolina, que está um preço fora do normal, e nem o empréstimo que fiz para comprar meu carro.
_ Tá tão feia a situação por aqui?
_ Complicada. Feia é apelido. E você, como tá?
_ Eu tô um pouco tranquilo. Não posso me queixar. Todo final de semana posso comprar uma carninha pra leva pra casa, beber uma cerveja, enfim, lá em casa nunca deixo faltar nada. Mas também é aquele negócio, quase não faço dívidas. Comprei um carrinho e paguei, me vi quase louco para pagar, mas terminei. Agora tô pensando em compra uns móveis novo pra casa, sabe como é mulher, faz tempo que vive pedindo umas mudança.
_ Eu sei, mulher gosta de coisa chique, e nem sempre o marido pode dar.
_ Verdade, mas a minha mulher merece, afinal ela trabalha bastante também, além de cuidar das crianças.
_ De fato, a dona Solange é uma mulher de muito respeito.
Logo, entram no bar um casal, de mãos dadas, notavelmente alcoolizados. João e Mário se entreolham. Zé Maria, o dono do bar, fala para eles:
_ Esses dois aí bebem que nem gambá. Nunca vi. E o pior de tudo é que fazem o maior fiasco por aqui.
_ Eita, então vamo vê esses dois encherem a cara hoje.
_ Mas se eles resolverem brigar, eu vô é chama a polícia. Da última vez me deram um prejuízo danado.
Os dois se sentam a uma mesa e pedem uma garrafa de cerveja. Ao serem servidos começam a beber.
_ Porque aqui nessa cidade não tem home que pode com o Pedro Teixeira – gritou o homem.
_ Como que não? Meu irmão é muito mais macho que ele. E você pode anota aí, que meu irmão vai tirá os bofe dele. Te garanto, home.
_ Duvido. Teu irmão é um Zé Ninguém. Não pode nem co peso das calça dele.
João e Mário continuam conversando, mas sem tirar os olhos dos dois que continuam bebendo e falando alto.
De repente, o homem bate com a mão na mesa e grita:
_ Porque você é que nem ele, não presta.
_ Quem não presta é você, seu estrupício.
E ali começam a se xingar, até que ela joga um copo de cerveja no rosto dele. Todos ficam olhando esperando o próximo movimento. Em segundos, ele se levanta e vai até a sua mulher, com um copo cheio de cerveja, também, e joga o líquido no rosto dela, que ainda está sentada.
De repente, os dois estão sorrindo. Ela se levanta e o empurra. Ele cambaleia para trás, mas não cai. Empurra a esposa também, que se desiquilibra e cai.
É aí que João e Mário decidem interferir e apartar a briga. João segura a mulher e Mário, mais forte, o homem. A polícia é chamada pelo seu Zé Maria. Logo os policiais, que estavam fazendo ronda ali perto, chegam e levam o casal detido.
João e Mário tomam o último gole de cerveja e vão embora, cada um para o seu lar, doce lar.
Rodrigo Toigo
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