O incrível caso das máscaras!!

Preciso sair para fazer qualquer coisa.

Chego ao local e aí? Não posso entrar, esqueci a máscara.

Lá volto eu para casa, buscá-la.

Foram dois anos assim, e o pior, que cenas como essa retratada anteriormente sobre o esquecimento das máscaras não são algo de 2020 apenas, mas comigo, pelo menos, ocorreu semana passada. Cheguei ao colégio e adivinhem? Tive que voltar para casa buscar a nossa mais nova peça do vestuário, a máscara.

No início era horrível usá-la, em especial nos dias quentes, agora, parece que estamos no início, ao menos para mim, um terror sermos “mascarados”. Contudo, usávamos e ainda (alguns) usam por sabermos de sua importância, em especial no alto da pandemia, aqueles momentos que ninguém deseja lembrar, em que a protagonista desta crônica era fundamental para evitar a transmissão do coronavírus.

Em todos os estabelecimentos víamos placas: “Favor usar a máscara”. E teve até locais que escreviam “mascara”, o bom e velho assassinato ao nosso português, até em tempos de pandemia perdurou. Tá que a palavra “mascara” existe, vem do verbo mascarar, mas o acento proparoxítono no substantivo “máscara” existe e sim, deve ser usado, tanto quanto o objeto a qual ele nomina.

Historicamente as máscaras foram utilizadas em apresentações teatrais, nos tempos do teatro grego, em que ali havia as representações da comédia e da tragédia (inclusive tatuadas no braço deste que vos escreve), também nos clássicos carnavais, ah, deviam ser lindos tempos, esses que só vi pela TV, cinema e literatura... Entretanto, eram outros tempos e motivos para o uso delas.

E agora, com os números reduzidos de casos de positivados para a Covid-19, eis que novos tempos surgem, e decreto aqui, decreto ali, aos poucos vamos abolindo essa “vestimenta”. Sim, a pouco conversei com uma colega de trabalho e até comentamos que é estranho andar por aí sem a dita cuja. Pois é, a máscara, mesmo indesejada, mesmo sem querer querendo, está até fazendo certa falta, mas penso que não será nada difícil se acostumar sem ela, ao menos para mim. Talvez entre o dia da escrita e publicação desta crônica eu já nem lembre mais que a máscara existiu...

Só temos que lembrar: caretas agora devem ser abolidas, afinal, não há mais máscara para tapar, e claro, a velha e boa escova de dentes, que para alguns estava guardada, deverá voltar a ser usada. E os batons? Hum... Sim, maquiagens voltam a serem usadas... Enfim, mesmo que há um bom tempo em alguns espaços (em especial os abertos) já não estávamos mais as usando, agora, de acordo com o decreto do nosso governador, estamos livres de vez dela... Ou quase, claro. Afinal, cada um sabe de si, e por ser opcional, pode ou não continuar a usando. Eu a tirei e espero que não precise voltar a usá-la. Por via das dúvidas, deixarei as de tecido guardadinhas... Máscaras, tchau... tchau!!!!

Rodrigo Toigo