“Se não morre aquele que escreve um livro e planta uma árvore, com mais razão não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma.” (Bertold Brecht)"
“Tudo que fizeres faça com amor”. A profissão que escolhemos ou que nos escolheu, exige uma dedicação de apaixonados, ou melhor, enamorados. Brilho no olho, corpo trêmulo, coração acelerado, suor frio... Aos poucos, e aí se contabilizam todos os anos trilhados, tudo arrefece numa falsa calmaria, como o conforto que nos proporciona água gelada no calor do verão. Mas, de repente, tudo retorna com intensidade de ventania anunciando tempestade e novamente somos inundados pelo desejo de aprender e ensinar, inspirando nossos alunos a sentirem que, sim, podemos fazer a diferença, através da educação.
O dia 15 de outubro é marcado como o Dia do Professor, criado com o intuito de homenagear esse profissional cuja importância é crucial para o desenvolvimento de todos os seres humanos durante todas as etapas de sua formação escolar. Iniciando lá na Educação Infantil, passando pelo Ensino Fundamental, o Ensino Médio e/ou o Ensino Superior, são esses profissionais que guiam os indivíduos pelos caminhos do conhecimento.
A data é celebrada em 15 de outubro em referência a Dom Pedro I que, no dia 15 de outubro de 1827, emitiu uma lei sobre o Ensino Elementar. No que se refere ao desenvolvimento da educação no Brasil, essa lei foi considerada um passo muito importante porque tratou dos objetos de estudo dos alunos, definiu que todas as cidades do Brasil deveriam ter Escolas de Primeiras Letras (Ensino Fundamental), e até estipulou o salário dos professores.
Ser professor(a) é missão, vocação, sacerdócio, ato de coragem. Não me reportarei aqui à questão salarial ou desvalorização profissional, pois não tenho intenção de chorar as mazelas de práticas governamentais que não priorizam a Educação de um povo para obter melhor desenvolvimento e qualidade de vida a todos. De forma singela a homenagem vai para a “primeira professora”. A alfabetizadora que ensina o letramento e desvela o fantástico mundo da leitura, a compreensão e interpretação de textos e consequentemente, a arte da escrita.
Não frequentei o Jardim de Infância. Não recordo que houvesse algum na cidade na minha infância. Lembro-me, por outro lado, do Ensino Primário e da classificação como primeiro ano forte e primeiro ano fraco. As professoras eram genuinamente admiradas! Algumas temidas pela rigidez e firmeza com os pupilos; outras amadas pela docilidade ou pelo encantamento que proporcionavam aos alunos curiosos. Josefina Nadir L Aziliero, ensinou-me a ler. Tenho maior respeito por quem mostra o quão grande se torna o mundo quando se sabe ler. Hoje convivo com minha professora alfabetizadora. Sou sua escudeira nas leituras bíblicas, nas missas e no Apostolado da Oração. Aproveito essa data tão linda para agradecê-la profundamente por ter ensinado aquela garotinha tímida e birrenta a ler, pois, "tornaste possível todas as minhas impossibilidades”.
Se pudermos classificar amigos, Cássia Cristina Riboli, além de amiga é minha irmã de vida. Minha admiração por ela é imensa, pois foi alfabetizadora por 30 anos na Rede Pública Municipal. Ser alfabetizador é de uma nobreza ímpar! Digo isso porque ensinar alguém a ler é literalmente desvendar-lhe os olhos para um mundo repleto de informações e códigos. Outro grande mérito de Cássia, para mim, foi o de introduzir-me na profissão. No auge da rebeldia da juventude, não me via como professora e ela com seu jeito nada sutil disse-me: “...você pode e vai ser!” Eterna gratidão.
Observo hoje com o filtro do tempo que em cada nível de escolarização temos as benesses e as insatisfações próprias do ofício: dias bons, anos ruins, turmas produtivas, outras nem tanto, problemas sociais, emocionais, simpatia, empatia, inseguranças, reconhecimento... ou não... Mas, dentro de todo esse contexto marcado pela instabilidade e mutabilidade, com certeza posso afirmar que para nós nada aquece mais do que um sorriso afetuoso, um abraço sincero, uma criança dizendo: “adoro o jeito que você conta HISTÓRIA”, “de você eu gosto, já da tua matéria...” ou adolescentes que, na fúria dos hormônios galopantes e dos humores ranzinzas (idoso passa vergonha), depois de muito conflito, percebem que ‘melhoraram’ e que a convivência escolar já pode ser suavizada nas relações de troca e respeito.
Sendo desavergonhadamente piegas, reencontrar ex-alunos adultos é ter a alma inundada de alegria! Mas a tristeza também se manifesta quando se perde o sono, a paciência e a sanidade perante os desajustes de uma sociedade doente que derrama todos os seus problemas na Escola e a notícia de ex-alunos aumentando as estatísticas de vidas interrompidas pelas más escolhas ou oportunidades nos causa um sentimento de impotência mesclada a uma sensação de fracasso. Difícil administrar o livre arbítrio.
Então nesta data vamos reverenciar a Educação através desse profissional que tanto contribui na vida das pessoas. Sempre digo que uma sala de aula é campo de guerra injusta, pois eles são muitos e o professor é solitário, tendo que cativar, incentivar e instigar a curiosidade por aprender.
Disso é feita a vida de um(a) professor(a). Por isso, agradeço.
Feliz dia do empresta um lápis profeeeeeeeee!!
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Autora: Alice Kachuki
Professora Graduada em História e Pedagogia, que eventualmente aponta palavras em rabiscos textuais ....
Revisora: Denise Cristina Aziliero
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