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Grupo Cigarra

O GRUPO CIGARRA, foi um conjunto musical composto em 1985, por nove integrantes de amigos e músicos amadores, residentes em sua maioria na cidade de Clevelândia, no sudoeste do Paraná. O grupo originário era assim composto: João Carlos Dornelles e sua filha Alessandra Dornelles, Nilton Luiz Pacheco Loures, Geraldo Antonio Vailatti, Danilo de Vasconcelos Leão, Sidney Massuti, Roberto Pedro Melo, seu filho Roberto Pedro Melo Filho, e João Straliotto. O conjunto musical se apresentava em shows e festivais vestindo trajes típicos do Rio Grande do Sul, em homenagem aos seus ascendentes. Utilizava instrumentos de cordas, violão, charango, contra baixo, bumbo leguero, e harmônica. (gaita de boca) A origem do nome se deu em razão do I Festival CIGARRA de interpretação e composição em 1985, e que ao longo de suas edições, reunião expressões culturais da música de todo o país, se revelando um dos maiores eventos musicais do estado, a exemplo do FERCAPO (Cascavel) e MUSICANTO (Maringá) Quanto a escolha do nome do festival, talvez tenha sido inspirado nos versos da música “Como la cigarra”, da grande e saudosa cantora chilena. Mercedes Sosa que assim entoa: “Cantando al sol, como la cigarra, después de um año bajo la tierra, igual que sobreviviente que vuelve de la guerra (Cantando ao sol, como a cigarra, depois de um ano debaixo da terra, igual sobrevivente que volta da guerra) Quem sabe nos versos da canção “Cigarra” de Simone: Porque você pediu uma canção para cantar...Como a cigarra arrebenta de tanta luz, e enche de som o ar...Porque ainda é inverno em nosso coração, essa canção é para cantar, como a cigarra acende o verão e ilumina o ar. (si,si,si,si,si, si,si,si) O fato é que não tem tanta importância a origem do nome do festival Cigarra e do “Grupo Cigarra”, mas o que eles representaram, e principalmente os reflexos no cenário musical, da cultura regional não só do Estado do Paraná, mas a nível nacional. Após um longo período do regime militar que se estendeu de 1.964 a 1.985, a censura foi a principal barreira para amordaçar seus opositores, impedindo qualquer manifestação contrária aos seus propósitos e aos antagonistas que ousassem divulgar. A década de 1980 foi marcada por grandes mudanças no cenário nacional com o surgimento do processo de abertura política. Nesse contexto de liberdade de expressão, surgiu na cidade de Clevelândia, no sudoeste do Paraná, no ano de 1985, o ‘GRUPO CIGARRA”, um conjunto musical eclético, sem estilo de música definido, ou - definido em todos os estilos. Na sua trajetória foi um marco cultural da região. Foi vencedor de inúmeros festivais de composição e participou de shows e eventos no Estado do Paraná e além fronteiras. A grande maioria das músicas interpretadas pelo Grupo, foram compostas em parceria, dos compositores paranaenses João Paraná e João Carlos Dornelles. As músicas autorais não se concentram em único estilo, mas se debruçam em outros, dentro da universalidade de ritmos da música popular brasileira. As letras trazem temas que falam da liberdade do sonho, da simplicidade, da destruição da natureza, da efemeridade da vida, que convidam a reflexão. (Trecho do livro “O Eco de um Canto” de autoria de Nilton Luiz Pacheco Loures- que deverá ser publicado ainda este ano.



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