Eu estava aqui a pensar: sobre o que escrever? Por algum tempo a falta total de assunto se assolou sobre mim e nada me vinha à mente para redigir minha simples crônica semanal. Contudo, hoje isso mudou. Essa mudança veio a partir de um telejornal que assistia com minha mãe, e a notícia que vi, chocou-me profundamente. E aí aguçou minha vontade de escrever. Desabafar.
Com um misto de tristeza, raiva e piedade aqui estou a escrever tais linhas. Acreditem, amigos leitores que me acompanham nesta coluna, que um homem – aqui não o chamarei de pai – teve a coragem de ceifar a vida de um filho de apenas três meses e dois dias de idade, e junto dele, de sua esposa de pouco mais de vinte anos. Sim, esse fato é real e ocorreu em Blumenau, linda cidade catarinense.
Estou chocado, realmente. Vejam, nas últimas semanas li notícias bárbaras, como um policial de Toledo que matou filhos, familiares e desconhecidos, oito ao todo, em um ato de “loucura”. Cometeu suicídio após todos os crimes. Outros casos, como um filho que matou o pai, ou um jovem de 18 anos que matou a mãe, ambos no Paraná. E aí eu me questiono: o que está ocorrendo com nossas famílias? Cadê o bom senso?
Pensava eu, e muitos pensavam igual a mim, não tenho dúvidas, que a pandemia mudaria o jeito de pensar e agir de muitas pessoas, imaginava até que a maldade deixaria de ser tão forte, afinal, o mundo “virou de ponta cabeça”, entretanto o que observamos é que nada mudou, e se pensarmos um pouco mais, piorou!
Gostaria de continuar sem assunto para a minha crônica a escrever sobre esses últimos acontecimentos. O mundo está em guerra. Nós estamos em guerra. A violência, a falta de amor e humanidade faz com que vivamos em um mundo caótico. E o pior, não consigo ver no horizonte uma saída para tamanhos absurdos que acometem nossa sociedade. Porém, mesmo assim, não podemos perder a fé e a esperança. E que Deus nos proteja!!
Esses são os graves problemas que a família enfrenta. A falta de compaixão e compreensão. Crimes, mortes, lágrimas e dor de quem fica. Aí que está o ponto culminante. Fala-se tanto sobre as novas formações familiares, mas muito se esquece dessas brutalidades que ocorrem ao nosso redor.
Mais compaixão, mais calma. Mais amor!! É o que precisamos para vivermos felizes e tranquilos!!
Rodrigo Toigo